Business intelligence e sua importância na Jornada Data Driven

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Criado em:
23/9/2020
Atualizado em:
24/6/2024

A tomada de decisão estratégica, guiada por dados e informações confiáveis, pode ajudar uma empresa a lucrar mais, ser mais eficiente, reduzir riscos e crescer de forma consistente. Para isso, é preciso eliminar a intuição das suas decisões. E business intelligence (BI) será fundamental nesse processo.

Você já deve ter ouvido bastante sobre os benefícios de BI nos negócios. E se implementar BI é tão fácil, por que apenas pouquíssimas empresas fazem isso da maneira correta?

Neste post, vamos explicar a importância da inteligência de negócios na Jornada Data Driven e falar sobre o seu papel nas empresas que estão no quarto estágio de maturidade analítica, a propulsão. Confira!

Qual é a relação entre BI e a Jornada Data Driven?

Antes de tudo, guarde isto na sua memória:

muito mais do que tecnologias e ferramentas, a inteligência de negócios é um processo sobre tecnologias, dados, pessoas e cultura organizacional que está intimamente ligado à Jornada Data Driven.

Como assim?

A inteligência de negócios envolve a transformação de dados em informações e visualizações poderosas com auxílio de processos e tecnologias que facilitam a tomada de decisão empresarial.

Mas não se engane: poucas pessoas fazem uso do BI da maneira correta.

Entenda: para que ferramentas de business intelligence entreguem valor, é preciso desenvolver metas, indicadores e regras de negócio rígidas que retratem os objetivos da organização.

Por outro lado, quando isso não é feito, a probabilidade de uma iniciativa de BI virar um problema e induzir uma empresa a tomar decisões precipitadas e prejudiciais é enorme.

Business Intelligence Dashboard
Dashboard de dados.

Portanto, se você deseja implementar uma iniciativa de BI de sucesso, precisa:

  • desenvolver uma cultura analítica
  • criar uma estrutura de dados robusta
  • investir em tecnologias e ferramentas analíticas
  • estruturar processos e estratégias para eliminar a intuição das decisões de negócio.

Você deve estar se perguntando o que isso tem a ver com a Jornada Data Driven?

Tudo!

Agora, vamos falar sobre a relação da inteligência de negócios com a propulsão, a quarta etapa dessa jornada, em que o uso do BI passa a fazer parte do cotidiano da empresa, gerando hábitos e boas práticas na tomada de decisão.

Propulsão: a quarta etapa da Jornada Data Driven

De fato, muitas empresas falham na execução de projetos analíticos.

No entanto, esse não é o caso dos negócios que navegam pela propulsão, a quarta etapa da Jornada Data Driven.

Eles já ultrapassaram a fase de pré-lançamento, lançamento, gravidade zero e estão prontos para usar seus dados para acelerar a sua maturidade analítica.

Propulsão x Gravidade Zero

Primeiro, é preciso destacar: a propulsão é muito diferente da gravidade zero, etapa que a precede.

A primeira é muito focada na execução de estratégia de dados, enquanto a segunda é uma etapa de transição que investe mais tempo em planejamento e estruturação.

Apesar das diferenças, entretanto, elas são etapas complementares e indissociáveis. Por isso, costumamos dizer que os esforços semeados no estágio 3 podem ser finalmente desfrutados na fase de propulsão.

Mas, afinal, o que é a propulsão?

Se pudéssemos resumir essa etapa em três palavras, seriam: passado, presente e futuro.

Como assim?

As empresas em propulsão organizam seu passado, com a estruturação e centralização dos dados, para entender o presente por meio das ferramentas de visualização e análise de dados e, com isso, preparar-se para o futuro com o uso de técnicas básicas de modelagem e análise preditiva.

Ou seja: elas usam seus dados para entender o seu passado, visualizar o presente e prever o futuro.

Essas empresas implementam data science e analytics na estratégia de negócio e, como resultado, têm um processo decisório menos intuitivo e mais assertivo. Elas exploram o poder dos seus dados para reduzir riscos, melhorar resultados e estruturar estratégias inteligentes para ganhar vantagem competitiva.

Mas, para atingir esse patamar, elas investem em dados e tecnologias, desenvolvem pessoas e implementam processos de negócio data driven, como explicamos a seguir.

Dados

Nesta etapa, o discurso de dados transforma-se em ações práticas, que trazem benefícios reais para as empresas. Mas isso jamais aconteceria se os seus dados não tivessem a consistência necessária para análises.

Por isso, na propulsão, os dados são consistentes, precisos e estão centralizados em repositórios modernos unificados na nuvem, como data lakes ou data warehouses. Além disso, há esforços para a integração de dados externos importantes, como big data.

Mas não para por aí.

Nessas empresas, os dados não são usados apenas com uma perspectiva de TI: eles são tratados como um ativo crucial para a performance empresarial.

Data has a better idea
Dados são a melhor ideia.

Explicamos

Na etapa 4, todos os dados da empresa já estão organizados, centralizados e conectados a uma estrutura de BI robusta, que contém a visão integral da empresa e permite consultas analíticas em tempo real para a tomada de decisão precisa.

Mas lembre: essa estrutura complexa é muito diferente de iniciativas de BI, localizadas em âmbito departamental, que vemos nas etapas 2 e 3 da Jornada Data Driven.

Tecnologias

A propulsão é marcada pelo uso de ferramentas analíticas avançadas.

Somados a isso, dependendo do tamanho e das condições da empresa, existem esforços contínuos para a consolidação da integração dos seus dados na nuvem.

E, claro, aquelas que já passaram por isso, agora desfrutam os benefícios da visualização de dados.

Em termos tecnológicos, como já mencionado, é na propulsão que a inteligência de negócios impera, em que há o estabelecimento de sistemas completos de BI.

Com isso, dados importantes são coletados e disponibilizados para análise em tempo real.  Essa estrutura integrada gera outras facilidades como a automatização de processos de decisão e geração de relatórios automáticos de negócio, diariamente.

Para completar,  utilizam-se técnicas de análise preditiva básica e é possível que iniciativas pontuais com IA e machine learning ocorram, de forma tímida, em nível departamental.

Pessoas

Na propulsão, as empresas já evoluíram na cultura data driven e no mindset analítico.

A alta gerência conta com líderes comprometidos e altamente orientados por dados. Eles apoiam o uso de analytics na tomada de decisão, executam estratégias guiadas por dados e esforçam-se para desenvolver o pensamento analítico em todos os níveis.

Para isso, investe-se em iniciativas, como treinamentos, eventos e programas, com o intuito de propagar boas práticas, desenvolver capacidades analíticas e alinhar departamentos à estratégia de dados da organização.

Equipe alinhada.

Aqui, as equipes de negócio são preparadas para lidar com os dados. Os analistas são altamente capacitados, engajados e já têm acesso direto, muitas vezes em tempo real, aos dados da empresa.

Além disso, as equipes de TI estão alinhadas com outros departamentos e inicia-se a criação de núcleos específicos focados em ciência de dados e analytics.

Processos

Costumamos dizer que a propulsão é um estágio mão na massa, em que dados, tecnologias e pessoas são gerenciados de forma integrada por processos bem definidos.

Além disso, é nessa etapa que os processos iniciados na gravidade zero, como estruturação de dados na nuvem e planejamento analítico, passam a ser executados intensivamente.

O que isso quer dizer?

As empresas em propulsão detêm estratégias guiadas por dados e processos de TI estruturados. Além disso, o ciclo de dados integra o seu cotidiano e é comum que um processo semelhante a este ocorra:

  1. coleta de dados
  2. análise das informações
  3. criação de estratégias com base nos dados
  4. determinação de métricas
  5. mensuração de resultados
  6. avaliação dos aprendizados

E quando o processo chega ao fim, começa tudo de novo.

Sabe por quê?

Os processos de dados não têm fim, pelo contrário, são inconstantes, marcados pela tentativa e erro, iteração, otimização e monitoramento.

Considerando isso, é provável que departamentos distintos possuam desafios e maturidades analíticas diferentes. Portanto, o principal desafio da propulsão é garantir que seus processos sejam seguidos de forma coerente e integrada por todos os departamentos da empresa.

O que falta para a vantagem analítica?

As organizações em propulsão são altamente guiadas pelos dados, detêm o conhecimento e uma estrutura ordenada para dar o próximo passo.

Então, por que elas ainda não chegaram lá?

Não é porque uma empresa está em propulsão que ela não enfrenta desafios. A falta de introdução da competição analítica como estratégia de negócio, por exemplo, é um deles.

Uma empresa analiticamente avançada pode ter muitos atributos, como tecnologias, ferramentas, patrocínio da alta gerência... Mas, se ela não estiver desenvolvida em um deles, não poderá evoluir para a quinta e última etapa da jornada.

E você? Também está com dificuldades de acelerar a sua Jornada Data Driven?

Nós podemos ajudar. Temos uma equipe altamente especializada em desenvolver a maturidade analítica empresarial.

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Isabela Blasi

CBDO and co-founder at Indicium

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