Business intelligence e sua importância na Jornada Data Driven
A tomada de decisão estratégica, guiada por dados e informações confiáveis, pode ajudar uma empresa a lucrar mais, ser mais eficiente, reduzir riscos e crescer de forma consistente. Para isso, é preciso eliminar a intuição das suas decisões. E business intelligence (BI) será fundamental nesse processo.
Você já deve ter ouvido bastante sobre os benefícios de BI nos negócios. E se implementar BI é tão fácil, por que apenas pouquíssimas empresas fazem isso da maneira correta?
Neste post, vamos explicar a importância da inteligência de negócios na Jornada Data Driven e falar sobre o seu papel nas empresas que estão no quarto estágio de maturidade analítica, a propulsão. Confira!
Qual é a relação entre BI e a Jornada Data Driven?
Antes de tudo, guarde isto na sua memória:
muito mais do que tecnologias e ferramentas, a inteligência de negócios é um processo sobre tecnologias, dados, pessoas e cultura organizacional que está intimamente ligado à Jornada Data Driven.
Como assim?
A inteligência de negócios envolve a transformação de dados em informações e visualizações poderosas com auxílio de processos e tecnologias que facilitam a tomada de decisão empresarial.
Mas não se engane: poucas pessoas fazem uso do BI da maneira correta.
Entenda: para que ferramentas de business intelligence entreguem valor, é preciso desenvolver metas, indicadores e regras de negócio rígidas que retratem os objetivos da organização.
Por outro lado, quando isso não é feito, a probabilidade de uma iniciativa de BI virar um problema e induzir uma empresa a tomar decisões precipitadas e prejudiciais é enorme.
Portanto, se você deseja implementar uma iniciativa de BI de sucesso, precisa:
- desenvolver uma cultura analítica
- criar uma estrutura de dados robusta
- investir em tecnologias e ferramentas analíticas
- estruturar processos e estratégias para eliminar a intuição das decisões de negócio.
Você deve estar se perguntando o que isso tem a ver com a Jornada Data Driven?
Tudo!
Agora, vamos falar sobre a relação da inteligência de negócios com a propulsão, a quarta etapa dessa jornada, em que o uso do BI passa a fazer parte do cotidiano da empresa, gerando hábitos e boas práticas na tomada de decisão.
Propulsão: a quarta etapa da Jornada Data Driven
De fato, muitas empresas falham na execução de projetos analíticos.
No entanto, esse não é o caso dos negócios que navegam pela propulsão, a quarta etapa da Jornada Data Driven.
Eles já ultrapassaram a fase de pré-lançamento, lançamento, gravidade zero e estão prontos para usar seus dados para acelerar a sua maturidade analítica.
Propulsão x Gravidade Zero
Primeiro, é preciso destacar: a propulsão é muito diferente da gravidade zero, etapa que a precede.
A primeira é muito focada na execução de estratégia de dados, enquanto a segunda é uma etapa de transição que investe mais tempo em planejamento e estruturação.
Apesar das diferenças, entretanto, elas são etapas complementares e indissociáveis. Por isso, costumamos dizer que os esforços semeados no estágio 3 podem ser finalmente desfrutados na fase de propulsão.
Mas, afinal, o que é a propulsão?
Se pudéssemos resumir essa etapa em três palavras, seriam: passado, presente e futuro.
Como assim?
As empresas em propulsão organizam seu passado, com a estruturação e centralização dos dados, para entender o presente por meio das ferramentas de visualização e análise de dados e, com isso, preparar-se para o futuro com o uso de técnicas básicas de modelagem e análise preditiva.
Ou seja: elas usam seus dados para entender o seu passado, visualizar o presente e prever o futuro.
Essas empresas implementam data science e analytics na estratégia de negócio e, como resultado, têm um processo decisório menos intuitivo e mais assertivo. Elas exploram o poder dos seus dados para reduzir riscos, melhorar resultados e estruturar estratégias inteligentes para ganhar vantagem competitiva.
Mas, para atingir esse patamar, elas investem em dados e tecnologias, desenvolvem pessoas e implementam processos de negócio data driven, como explicamos a seguir.
Dados
Nesta etapa, o discurso de dados transforma-se em ações práticas, que trazem benefícios reais para as empresas. Mas isso jamais aconteceria se os seus dados não tivessem a consistência necessária para análises.
Por isso, na propulsão, os dados são consistentes, precisos e estão centralizados em repositórios modernos unificados na nuvem, como data lakes ou data warehouses. Além disso, há esforços para a integração de dados externos importantes, como big data.
Mas não para por aí.
Nessas empresas, os dados não são usados apenas com uma perspectiva de TI: eles são tratados como um ativo crucial para a performance empresarial.
Explicamos
Na etapa 4, todos os dados da empresa já estão organizados, centralizados e conectados a uma estrutura de BI robusta, que contém a visão integral da empresa e permite consultas analíticas em tempo real para a tomada de decisão precisa.
Mas lembre: essa estrutura complexa é muito diferente de iniciativas de BI, localizadas em âmbito departamental, que vemos nas etapas 2 e 3 da Jornada Data Driven.
Tecnologias
A propulsão é marcada pelo uso de ferramentas analíticas avançadas.
Somados a isso, dependendo do tamanho e das condições da empresa, existem esforços contínuos para a consolidação da integração dos seus dados na nuvem.
E, claro, aquelas que já passaram por isso, agora desfrutam os benefícios da visualização de dados.
Em termos tecnológicos, como já mencionado, é na propulsão que a inteligência de negócios impera, em que há o estabelecimento de sistemas completos de BI.
Com isso, dados importantes são coletados e disponibilizados para análise em tempo real. Essa estrutura integrada gera outras facilidades como a automatização de processos de decisão e geração de relatórios automáticos de negócio, diariamente.
Para completar, utilizam-se técnicas de análise preditiva básica e é possível que iniciativas pontuais com IA e machine learning ocorram, de forma tímida, em nível departamental.
Pessoas
Na propulsão, as empresas já evoluíram na cultura data driven e no mindset analítico.
A alta gerência conta com líderes comprometidos e altamente orientados por dados. Eles apoiam o uso de analytics na tomada de decisão, executam estratégias guiadas por dados e esforçam-se para desenvolver o pensamento analítico em todos os níveis.
Para isso, investe-se em iniciativas, como treinamentos, eventos e programas, com o intuito de propagar boas práticas, desenvolver capacidades analíticas e alinhar departamentos à estratégia de dados da organização.
Aqui, as equipes de negócio são preparadas para lidar com os dados. Os analistas são altamente capacitados, engajados e já têm acesso direto, muitas vezes em tempo real, aos dados da empresa.
Além disso, as equipes de TI estão alinhadas com outros departamentos e inicia-se a criação de núcleos específicos focados em ciência de dados e analytics.
Processos
Costumamos dizer que a propulsão é um estágio mão na massa, em que dados, tecnologias e pessoas são gerenciados de forma integrada por processos bem definidos.
Além disso, é nessa etapa que os processos iniciados na gravidade zero, como estruturação de dados na nuvem e planejamento analítico, passam a ser executados intensivamente.
O que isso quer dizer?
As empresas em propulsão detêm estratégias guiadas por dados e processos de TI estruturados. Além disso, o ciclo de dados integra o seu cotidiano e é comum que um processo semelhante a este ocorra:
- coleta de dados
- análise das informações
- criação de estratégias com base nos dados
- determinação de métricas
- mensuração de resultados
- avaliação dos aprendizados
E quando o processo chega ao fim, começa tudo de novo.
Sabe por quê?
Os processos de dados não têm fim, pelo contrário, são inconstantes, marcados pela tentativa e erro, iteração, otimização e monitoramento.
Considerando isso, é provável que departamentos distintos possuam desafios e maturidades analíticas diferentes. Portanto, o principal desafio da propulsão é garantir que seus processos sejam seguidos de forma coerente e integrada por todos os departamentos da empresa.
O que falta para a vantagem analítica?
As organizações em propulsão são altamente guiadas pelos dados, detêm o conhecimento e uma estrutura ordenada para dar o próximo passo.
Então, por que elas ainda não chegaram lá?
Não é porque uma empresa está em propulsão que ela não enfrenta desafios. A falta de introdução da competição analítica como estratégia de negócio, por exemplo, é um deles.
Uma empresa analiticamente avançada pode ter muitos atributos, como tecnologias, ferramentas, patrocínio da alta gerência... Mas, se ela não estiver desenvolvida em um deles, não poderá evoluir para a quinta e última etapa da jornada.
E você? Também está com dificuldades de acelerar a sua Jornada Data Driven?
Nós podemos ajudar. Temos uma equipe altamente especializada em desenvolver a maturidade analítica empresarial.
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Isabela Blasi
CBDO and co-founder at Indicium