Transformação Digital e Analítica: a primeira etapa da jornada data-driven

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Criado em:
26/8/2020
Atualizado em:
19/7/2024

Uma empresa com maturidade analítica tem mais vantagem competitiva e geralmente apresenta melhores resultados negócio. Mas na prática, quantas organizações estão preparadas para isso?

No Brasil, os setores mais bem posicionados nesse sentido são:

  1. Serviços financeiros
  2. Varejo
  3. Telecomunicações e Tecnologia

Em contrapartida, setores como indústrias avançadas, indústrias de base, transporte e infraestrutura e bens de consumo estão mais defasados em termos de maturidade digital, conforme mostra a imagem abaixo.

Gráfico de linha representando a maturidade digital de vários setores.
Gráfico de pontuação dos setores em fase de maturidade analítica.

Independentemente do tamanho e setor de atuação da sua empresa é preciso se preparar para a transformação analítica. E ainda dá tempo.

Para te ajudar, criamos a Jornada Data-Driven, um roadmap que vai te auxiliar a identificar a maturidade analítica da sua empresa.

Neste post, vamos explicar tudo que você precisa saber sobre o pré-lançamento, a primeira etapa da jornada data-driven.

Etapa 1: Fase de Pré-Lançamento

Empresas neste estágio da jornada não compreendem o valor dos dados, entretanto, não possuem o conhecimento, as pessoas ou os recursos necessários para agir.

São organizações que trabalham com relatórios pontuais extraídos dos seus sistemas, em especial analisados pelo Excel.

Além disso, a tomada de decisão data-driven não é prioridade nessas organizações. Em geral, suas decisões de negócio são baseadas em fatores como experiência, tradição e intuição dos gestores ao invés de dados e fatos concretos.

Em resumo, pode-se dizer organizações nesta fase estão "analiticamente atrasadas" pois:

  • Não consideram analytics como vantagem competitiva
  • Não têm análise de dados em nenhum de seus departamentos
  • Sem apoio e comprometimento da alta gerência
  • Sem cultura data-driven bem estabelecida

O que isso quer dizer?

Resumidamente, são empresas deficientes em termos de dados, tecnologias, pessoas e processos. E por isso, não cumprem os requisitos necessários para avançar na jornada data-driven.

Agora que você já tem uma ideia sobre as empresas no estágio 1, vamos explorar um pouco mais sobre suas características?

Se deseja aplicar isso ainda hoje na sua empresa, fale conosco e descubra como podemos acelerar a sua jornada data-driven.

Dados

O primeiro passo para identificar a maturidade analítica de uma organização é entender como ela lida com os seus dados.

Por quê?

Dados ruins, desorganizados e descentralizados revelam uma organização que não explora o poder dos seus ativos. E essa falta de conscientização pode prejudicar gravemente a sua capacidade de aprender mais sobre seus clientes e tomar decisões mais assertivas com base em dados.

Na fase de pré-lançamento é comum encontrarmos dados inconsistentes, de baixa qualidade e não padronizados. Com isso, analisar as informações de forma rápida e assertiva não é uma atividade facilmente executada.

Além disso, essas empresas gastam muito tempo cadastrando e buscando informações de sistemas pontuais - e gastam quase o dobro disso para cruzar informações ou fazer explorações específicas.

Como resultado, seus esforços para buscar dados são desproporcionais e superam o tempo que elas passam tomando decisões e fazendo análises de dados assertivas.

Os dados dessas empresas são desorganizados, descentralizados e pouco explorados.

Na melhor das hipóteses, há esforços localizados, dentro de departamentos específicos, para produção de relatórios básicos, feitos de forma manual, e implementação de ferramentas analíticas simples.

Por fim, elas não dispõem de nenhuma ferramenta de business intelligence para monitorar seus departamentos.

Tecnologias

Aqui, as tecnologias não são protagonistas do negócio.

As empresas do estágio 1 estão acostumadas a gerenciar seus processos a nível departamental, elaborando análises básicas, pontuais e localizadas. Para isso, utilizam ferramentas e tecnologias simples como planilhas de controle, pacotes do microsoft office e Google Drive.

Ainda, seus bancos de dados são suas próprias ferramentas, que oferecem pouca capacidade de armazenamento e não possuem nenhum tipo de integração com outras fontes de dados da empresa.

Pessoas

Além de deficiências no âmbito dos dados e das tecnologias, as empresas na etapa 1 têm muito a se desenvolver no quesito pessoas.

Por quê?

A alta gerência dessas empresas raramente incentiva o mindset analítico. Em geral, os executivos e líderes confiam muito mais em suas percepções, crenças e em fatos históricos do que em dados. E este posicionamento interfere na cultura data-driven de toda a organização.

A falta de incentivos de líderes de negócio impede o desenvolvimento de uma cultura data-driven integrada e uniforme em todos os setores da empresa. O resultado: um despreparo para transformação digital e uma equipe sem habilidades analíticas.

Processos

Nesta etapa, não há processos ou estratégias analíticas para apoiar a tomada de decisão. Os negócios são gerenciados de forma instintiva e intuitiva pela alta gerência.

Assim, ao invés de gerenciar processos de forma data-driven, as empresas neste estágio lidam com seus projetos de maneira descoordenada.

Também, em razão da falta de indicadores e processos analíticos, os departamentos de negócio têm liberdade para atuar de forma totalmente independente dos outros setores. Muitas vezes, eles só utilizam ferramentas extremamente básicas e dependem muito do Excel e do Google Drive para gerenciar essas funções.

Em termos de análise de dados, os departamentos de negócio são encarregados de extrair e manusear informações de forma pontual e realizam análises básicas baseadas em planilhas e informações desconexas.

Como avançar na jornada data-driven

Depois de entender a fase de pré-lançamento e descobrir as suas características, qual é o próximo passo?

Se você se identificou com alguns aspectos citados acima, já é possível começar a agir hoje para acelerar a sua jornada data-driven.

Mas para avançar ainda mais, é preciso:

  1. Melhorar a qualidade e o ambiente dos dados
  2. Investir em tecnologias analíticas
  3. Reforçar o comprometimento da alta gerência com a cultura data-driven
  4. Desenvolver um mindset analítico em todos os departamentos de negócio

Estes são apenas alguns exemplos de capacidades analíticas que podem ser desenvolvidas para ajudar a sua empresa a dar o próximo passo para a transformação analítica.

Por que investir na transformação analítica

Em um futuro próximo, a maturidade analítica será determinante para a permanência das empresas em um mercado tão competitivo.

Com a análise da sua jornada data-driven, é possível identificar as fraquezas do seu negócio e desenvolver estratégias eficazes que, se implementadas com seriedade, poderão e te ajudar a superar desafios rumo a uma transformação analítica de sucesso.

Se você estiver com dificuldades ou quiser a ajuda de especialistas, conte com a gente. Nosso time vai te ajudar a acelerar esse processo!

Tags:
Data-driven
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Isabela Blasi

CBDO and co-founder at Indicium

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