UX design em projetos de dados: conheça as vantagens

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min
Criado em:
5/7/2024
Atualizado em:
10/7/2024

Aplicar técnicas de UX Design em projetos de dados é ter como foco a pessoa usuária, o que resulta em entregas mais personalizadas, seguras e intuitivas.

Quem nunca fez uma entrega de um produto de dados e sentiu frustração com o feedback de clientes? 

Ou teve muito retrabalho ao se dar conta de que, o que você fez, não era exatamente o que a pessoa esperava? 

Quando entregamos um projeto e não atendemos às expectativas, mobilizamos muitos recursos para reestruturá-lo.

Para evitar o choque de expectativas nas entregas, podemos aplicar estratégias de UX Design durante o curso do projeto. 

O design de experiência da pessoa usuária é uma área que foca em resolver os problemas de clientes, atendendo às suas necessidades e tornando o uso de produtos mais fácil e eficiente. 

Podemos utilizar as técnicas de experiência da pessoa usuária ou, como é chamado, UX ou User Experience, em nossos produtos de dados, tornando-os mais acessíveis, compreensíveis e adaptados para o contexto a que é destinado.

Algumas dessas técnicas são como aplicar entrevistas e incluir a pessoa usuária nas etapas de desenvolvimento do produto. 

Neste artigo, vamos nos aprofundar nessas técnicas e vantagens de aplicar UX Design em projetos de dados, que nos ajudam a entregar a clientes aquilo de que precisam. 

UX design em projetos de dados: por que utilizar?

O design de experiência da pessoa usuária, UX design, é uma metodologia de desenvolvimento de produto em que o público-alvo é colocado no centro do processo desde o primeiro momento do projeto. 

Ao fazer uso desse recurso, os produtos têm maiores chances de serem mais fáceis de usar, mais recomendados e de cumprirem as expectativas de quem vai usar. 

Além disso, aplicar técnicas de UX nos projetos de dados pode gerar economia de recursos e evitar retrabalho, uma vez que isso ajuda a tornar o processo mais alinhado com as expectativas de quem é cliente.

Em projetos de dados em que não há foco na pessoa usuária, é comum que, no momento em que o produto final é entregue, haja dificuldade em:

  • interpretar os dados;
  • tirar insights do produto;
  • ou identificar valor na entrega. 

Em vários casos, é fácil você ver clientes que preferem retornar às planilhas do que utilizar produtos de dados novos. 

Esse abismo entre o que é desenvolvido e o que é esperado por quem de fato usa pode ser estreitado ao se focar no seu contexto específico, no problema que deseja que seja resolvido, e em suas forças e necessidades. 

Existem técnicas de UX que podem ser muito úteis para alcançar esses objetivos em um projeto de dados. Veja!

Projetos de dados e UX: confira as melhores técnicas

  1. UX research

Pesquisa com usuários 

UX research é uma subárea essencial do UX, em que se realizam pesquisas com as pessoas a fim de compreender o contexto de quem vai utilizar o produto. 

Por meio dos resultados, é possível garantir com mais segurança a compreensão do problema a ser resolvido pela solução de dados

É muito comum que o desenvolvimento de produtos que não foquem em UX leve em consideração uma visão deturpada das necessidades das pessoas usuárias.

O que resulta em desenvolvedores baseando-se em suas próprias experiências e crenças para criar as funcionalidades de um produto. 

É importante que pessoas responsáveis pela pesquisa de UX se esforcem para manter um afastamento de suas crenças pessoais e estar em uma posição de aprendizado junto às pessoas usuárias, sem negligenciar as  funcionalidades consideradas.

Personas

Outra técnica empregada em UX research é o uso de personas durante o desenvolvimento. 

Personas são perfis criados para ilustrar a pessoa usuária padrão de um produto. 

Elas são importantes, pois fornecem, durante todo o processo de desenvolvimento, diretrizes essenciais que o produto precisa cumprir para suprir as demandas e expectativas de quem vai utilizá-lo.

Durante um projeto focado na experiência da pessoa usuária, as personas são revisitadas a todo tempo para lembrarmos das dores, necessidades e expectativas de quem vai usar o produto.

Em projetos de dados, pesquisas e personas podem ser utilizadas para descobrir qual a posição da pessoa usuária com:

  • a aproximação com o conjunto de dados, 
  • a familiaridade com tecnologia e visualização de dados, 
  • as preferências de interatividade (como filtros, ordenação e personalização de visualizações), 
  • a identificação de lacunas de conhecimento que possam impedir a boa utilização do produto de dados, entre outras possibilidades.

Ao descobrir essas características logo no início do projeto de dados, você pode utilizar a abordagem mais adequada para produzir visualizações e funcionalidades que sejam compatíveis com as pessoas que vão utilizá-las.

Além disso, ter a perspectiva delas também ajuda a criar um maior rapport com clientes, uma vez que vamos desenvolver exatamente aquilo de que precisam.

  1. Prototipação interativa com a pessoa usuária

Criar mockups e protótipos dos nossos produtos também é uma prática de UX que traz inúmeros benefícios aos nossos projetos de produtos de dados. 

Mockup

Um mockup é uma representação gráfica de um produto, de forma que possamos simular como ele vai parecer quando estiver totalmente desenvolvido. 

É uma maneira de baixo custo de vermos o design do produto antes de desenvolvê-lo. 

Um mockup pode começar a ser criado para visualizarmos a disposição dos elementos por meio de linhas simples, o que chamamos de baixa fidelidade.

Depois, pode ir evoluindo até um de alta fidelidade, com cores, tipografia e elementos idênticos aos que vão ser desenvolvidos. 

A criação de mockups de diversos tipos de fidelidades — baixa, média ou alta — deve seguir as considerações encontradas por meio das pesquisas anteriores de UX research.

Podemos criar as estruturas e fluxos do produto de dados de acordo com as necessidades apresentadas nas pesquisas.

Prototipação 

A prototipação é uma etapa que pode ser realizada em conjunto com a criação dos mockups

Ela envolve a junção de telas de forma interativa, em que conseguimos simular a experiência e a navegação bem similar àquela que a pessoa usuária vai ter quando o produto estiver finalizado. 

Os protótipos são mostrados às pessoas usuárias e clientes para validar a arquitetura de informação e a navegação do produto. 

Além disso, é por meio deles que conseguimos realizar testes contínuos e receber feedback antes dos produtos chegarem na etapa de desenvolvimento.

Incluir a pessoa usuária na etapa de criação de mockups e protótipos é uma vantagem para identificar problemas de usabilidade de forma precoce, fazendo com que economizemos tempo e recursos

Quanto mais cedo no processo de criação de mockups problemas são identificados, mais fácil e menos custoso é fazer as modificações necessárias. 

Incluir as pessoas usuárias e clientes em uma rodada de feedback após cada nível de desenvolvimento do mockup, principalmente os  mais básicos de baixa e média fidelidade, é uma estratégia interessante para potencializar os resultados e, também, alinhar expectativas.

Produtos de dados: mockups e protótipos 

Em produtos de dados, a criação de mockups é especialmente importante para garantir uma estrutura de visualização satisfatória e entendível, e storytelling de dados

Especificamente com a prototipação, você pode rapidamente testar dinâmicas, como filtragem de dados, sem de fato implementá-las. 

Além disso, como as etapas de criação de mockups e protótipos podem acontecer sem termos o banco de dados estruturado, podemos gerar entregáveis de muito valor para a pessoa cliente enquanto as engenheiras e os engenheiros de dados ainda estão compreendendo o banco. 

Dessa forma, também aceleramos o projeto, visto que já definimos as melhores visualizações a serem utilizadas desde essa etapa. 

Ferramentas

Algumas ferramentas interessantes para criar mockups e protótipos de uma forma mais rápida são o Figma e o Adobe XD

Elas são ferramentas de UX design para simular a aparência e a navegação de forma mais simples do que diretamente nas ferramentas de dados

Apesar de parecem um pouco complexas para pessoas não familiarizadas com design, elas são fáceis de aprender e não exigem conhecimentos prévios em edição. 

No entanto, vale lembrar que mockups podem ser realizados até mesmo com papel e caneta

Acessibilidade dos dados com princípios de UX

Existem princípios de UX e de design já amplamente estudados baseados na percepção e cognição humana que podem ser utilizados para minimizar erros de usabilidade em nossos produtos e torná-los mais intuitivos.

Eles são como diretrizes de design que já foram testadas com uma grande quantidade de pessoas e têm como objetivo reduzir a carga cognitiva ao utilizar o produto. 

Carga cognitiva é o esforço mental que uma pessoa precisa para fazer uma ação, ou seja, quanto menor o esforço, mais fácil é a interação com o produto.  

Apesar da necessidade de utilizarmos esses princípios com cautela, uma vez que nada é mais importante que as informações adquiridas com o contexto da pessoa usuária, eles nos fornecem um direcionamento bem adequado para iniciarmos o esboço de nossos produtos de dados.

Heurísticas de Nielsen e os princípios da Gestalt

Existem alguns conjuntos de princípios de design interessantes a se atentar, como as heurísticas de Nielsen e os princípios da Gestalt

As heurísticas de Nielsen fornecem diretrizes específicas para identificar problemas comuns de interação

Uma das heurísticas é de consistência e padronização, que envolve padronizar recursos visuais que têm a mesma função. 

Um exemplo desse caso, são os botões, que devem ter o mesmo tamanho e cores em todo o produto. 

Já os princípios da Gestalt contribuem para a compreensão de como os usuários percebem e organizam visualmente as informações

Um desses princípios, por exemplo, é o de proximidade, que afirma que as pessoas tendem a entender elementos próximos como um conjunto. 

Dessa forma, ao elaborar produtos de dados, devemos dar menos espaçamento para elementos de uma seção e mais espaçamento entre seções, para definir esses conjuntos e facilitar a percepção de unidade. 

As abordagens das heurísticas de Nielsen e dos princípios da Gestalt podem ser usadas para desenvolver produtos de dados coesos, intuitivos e centrados na pessoa usuária, melhorando significativamente a eficiência e a satisfação por quem  os utiliza. 

Benefícios de uso nos produtos de dados

Em nossos produtos de dados, é importante nos atentarmos a esses princípios de UX Design para simplificar nossa apresentação de dados, evitando grande quantidade de informações em uma única visualização ou painel para minimizar a carga cognitiva

Essas técnicas também nos ajudam a garantir uma melhor hierarquia da informação e nos atentarmos para a acessibilidade de nossos dados

Utilizar o contraste de cores adequado, uma boa lógica de informação e pensar em diferentes níveis de habilidades e necessidades especiais das pessoas usuárias torna o produto de dados adequado para um público mais amplo. 

Além disso, poupa retrabalho quanto à atualização de boas práticas de acessibilidade.

Projetos de dados com UX Design: conclusões 

Aplicar técnicas de UX Design em projetos de dados é ter como foco a pessoa usuária, o que resulta em entregas mais personalizadas, seguras e intuitivas:

  • contextualização e personalização do produto de dados;
  • análise interativa e feedback constante;
  • produtos de dados projetados de forma intuitiva;
  • poupar tempo e recursos;
  • evitar retrabalho;
  • e aumento da satisfação da pessoa cliente e usuária.

Dessa forma, além de haver mais segurança em estipular a quantidade de tempo, recursos e trabalho que vai ser realizado, é possível oferecer certeza de que o produto de dados vai atender às necessidades de quem o encomendou.

UX design em projetos de dados da Indicium

É assim que funcionam as metodologias da Indicium: aplicação de técnicas adequadas e personalizadas para construir produtos intuitivos e sob medida. 

Transformamos um projeto de dados em uma experiência eficiente, segura e satisfatória para você.

Entre em contato para conhecer nossas soluções por aqui.

Até breve!

Tags:
Data products
UX design

Amanda Padilha

Analista de DataX

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